terça-feira, 2 de junho de 2009

DOIS IRMÃOS

Com certeza, todo mundo conhece uma história que envolva dois ou mais irmãos brigando e se odiando pelos motivos mais aburdos possíveis, de um ciúme destruidor que nasce na infãncia e cresce assustadoramente ao longo dos anos à disputa por bens de família. Filmes, reportagens, peças e livros também costumam retratar o acerto de contas entre eles após o reencontro depois de uma separação desejada ou morte dos pais. Mas na existênca do amor pouco se fala. Natural em se tratando de um país onde a imprensa vive do lado trágico da vida e as pessoas preferem ouvir e falar do ruim no lugar do bom.
Pois bem, eu quero falar exatamente sobre a existência de um amor, intenso e incondional entre dois irmãos. Não vou entrar no mérito dos nomes, pois a história não é minha. Basta dizer que ele, meu amigo, é um jovem e talentoso ator de São Paulo e ela, que não conheço, trancou a faculdade de cinema para estudar na Austrália. Talvez por ter perdido a minha irmã, que se foi muito jovem para o andar de cima, eu me comova demasiadamente ao ver o quanto dói em meu amigo, a ausência causada pela distância. Ao falar dela, seus olhos brilham de amor e de saudade. Ao ouvir a sua voz ao telefone, a dele embarga de emoção. A sensação que se tem é que eles são únicos, indivisíveis.
Creio que ambos, mesmo unidos por aquele fio invísivel do amor, devem contar os dias, as horas, os minutos que faltam para o reencontro tão esperado.
Torço por eles. Torço para que o tempo passe mais rápido, que a vida intensifique este sentimento e que eles possam compartilhar muitas alegrias e ao mesmo tempo inspirar, em outras famílias, amores que se diluíram por ressentimentos, partilhas e desavenças. É o mínimo que posso dizer a estes dois irmãos que se amam tanto.

3 comentários:

Anônimo disse...

obrigado querido amigo! acho que não consigo mesmo disfarçar minhas emoções. a saudade é tanta que o brilho nos olhos é inevitável não é!

Barbara disse...

Ele chora nos ensaios, e eu na biblioteca da escola...
Voce usou todas as palavras que eu usaria para descrever cada sentimento dentro de nos, tanto que agora me deixou sem nenhuma.

Me sinto honrada tanto por conhecer muito bem esta historia, quanto pelo fato de ela ter sido contada por voce neste espaco!

Deixo aqui meu Muito Obrigada, surpresa e feliz. E claro, com saudades...

Barbara.

franz keppler disse...

Pra que disfarçar algo tão bonito? Não vale a pena.

Barbara, eu que me sinto honrado em poder contá-la.

Bjos